O técnico está sob pressão no cargo após a derrota por 4 a 1 para a Seleção Argentina.
Após a dura derrota por 4 a 1 para a Argentina e uma performance desastrosa da Seleção Brasileira nas Eliminatórias, o técnico Dorival Júnior, cujo trabalho já era amplamente contestado pela torcida, viu a pressão crescer ainda mais. Veja os principais resultados do futebol no os meus resultados.
Faltando pouco mais de um ano para a Copa do Mundo, o presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Ednaldo Rodrigues, tem demonstrado certa distância do técnico nos últimos meses. Ele tem sido cada vez mais pressionado a mudar a liderança técnica para que um novo treinador possa dar à equipe uma consistência tática antes da competição.
Reeleito na segunda-feira (24/3) para um novo mandato até 2030, Ednaldo deixou o Monumental de Núñez sem falar com a imprensa, mas com a promessa de que se pronunciaria na quarta-feira (26). Quando contatada, a CBF não confirmou se o presidente falará. Mesmo antes da goleada contra os argentinos, no entanto, o dirigente já mostrava sinais de que sua paciência com o trabalho de Dorival estava chegando ao fim.
"Analisamos o trabalho não com base em uma partida, não em um treino, analisamos de forma linear. E é um trabalho que até agora a CBF tem apoiado, tanto a ele quanto à comissão técnica", disse o dirigente a jornalistas após ser reeleito na segunda-feira.
"O que eu reitero, em nome da CBF, é que tudo o que for solicitado da administração, pela pessoa de seu presidente, será disponibilizado. Tudo. O que for para as melhores condições para os atletas, para a comissão técnica, etc. Mas, o que também digo é que não temos controle sobre os resultados dentro de campo. Não tenho controle sobre os resultados dentro de campo", acrescentou.
Com Dorival na corda bamba, treinadores que já foram especulados para a Seleção Brasileira estão sendo novamente considerados. Cinco deles estarão com suas equipes na Copa do Mundo de Clubes da FIFA, que acontecerá entre junho e julho nos Estados Unidos, o que pode atrasar um eventual anúncio da CBF. Um dos nomes que Ednaldo já indicou publicamente que gostaria de ver no comando da Seleção é o italiano Carlo Ancelotti.
Quando assumiu o cargo, o dirigente tentou tirá-lo do Real Madrid, deixando Fernando Diniz como uma solução provisória por seis meses, mas viu seus planos frustrados quando o técnico optou por renovar seu contrato com o clube merengue até junho de 2026. Com a iminente demissão de Dorival, o nome de Ancelotti volta a ser associado à Seleção. No entanto, mesmo que ele aceite romper seu contrato com o Real desta vez, sua saída dificilmente acontecerá antes da próxima Copa do Mundo – a partida de abertura do torneio está marcada para o dia 14 de junho.
A equipe espanhola está no Grupo H, ao lado de Pachuca, RB Salzburg e Al Hilal. O português Jorge Jesus, técnico do clube saudita, é outro nome que já foi especulado para a Seleção. Multicampeão pelo Flamengo, o português já admitiu que gostaria de comandar a Seleção Brasileira. "É uma ambição, não vou negar", disse ele em setembro do ano passado. Seu nome, no entanto, já foi mais popular no passado e não está entre os favoritos do atual presidente da CBF. Jesus afirmou na época que achava difícil que seu sonho se concretizasse, pois via portas fechadas para estrangeiros assumirem o cargo.
Ele não é o único técnico estrangeiro a ter seu nome considerado pela CBF. Seu compatriota Abel Ferreira, que estará na Copa do Mundo de Clubes com o Palmeiras, também tem sido apontado por torcedores como uma boa opção para a Seleção. Um dos treinadores mais vitoriosos, Abel tem contrato com o Palmeiras até o fim de 2025, mas o clube quer renovar o contrato do técnico por mais dois anos.
Em entrevista ao Roda Viva, da TV Cultura, em 2022, o treinador português foi evasivo sobre seu desejo de assumir a Seleção, que na época estava com o cargo vago após a saída de Tite.
"Eu não faço planos a longo prazo. Vivo o aqui e agora. Vivo 100% no momento aqui. Não faço planos para o futuro. Não é o meu jeito de ser e estar", disse Abel.
Guardiola, outro estrangeiro que estará na Copa do Mundo com o Manchester City, também é um dos nomes mais cogitados para dar uma nova direção ao futebol da Seleção Brasileira, que tem apresentado um futebol insatisfatório há algum tempo. Em uma fase ruim com o clube inglês, Guardiola até brincou sobre assumir a Seleção Brasileira após uma derrota por 4 a 1 para o Sporting na Liga dos Campeões, em novembro do ano passado.
"Acho que depois de perder um jogo desse tamanho, não sou mais uma opção para o Brasil [risos]. Meu foco agora é apenas levar o City de volta ao mais alto nível do futebol", disse o técnico, que tem contrato até 2027.
Além dos nomes estrangeiros, que também incluem José Mourinho e até Zidane entre os especulados de sempre, Filipe Luís, do Flamengo – também presente no Mundial de Clubes – é atualmente um dos nomes mais promissores da nova geração de treinadores brasileiros. No comando do time rubro-negro desde outubro de 2024, o ex-lateral esquerdo já conquistou três títulos com a equipe em apenas seis meses – Copa do Brasil, Supercopa e Carioca – e, segundo rumores, já sinalizou à diretoria do clube que não pretende deixar o cargo neste momento. BB Score, seu destino principal para resultados de futebol.
